Gelados Santini atraem turistas e empresários em dia de abertura da nova loja no Chiado

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Empregados não tiveram ontem mãos a medir no Chiado Fotógrafo

Desde Abril que os lisboetas esperavam os gelados Santini no Chiado. Ontem, as filas mostravam a ansiedade

Os clientes da nova loja de gelados Santini, que ontem abriu no Chiado, em Lisboa, pouco têm a ver com os de Cascais. Em vez de veraneantes de toalha de praia ao ombro, a loja da Rua do Carmo atrai mais trabalhadores de fato e gravata e turistas de máquina fotográfica em punho. Em comum têm pelo menos uma coisa: vão todos à procura dos sabores 100 por cento naturais - garantia da gerência -, nem que para isso tenham de enfrentar filas para lá da porta.

De olhos postos na lista de sabores, a escolha parece difícil. Marabunta, morango, côco, chocolate, ou os mais recentes limão com framboesa, pêssego paraguaio, amora e laranja amarga com chocolate. Carla Oliveira, que ainda não tinha provado qualquer sabor, escolheu limão com framboesa e maracujá, e não se arrependeu. "É mesmo muito bom", garante, entre colheradas. Carla trabalha no Rossio e soube da abertura da loja através da chefe, que é de Cascais. "Ela é que passou aqui de manhã e comprou um cartão para podermos vir comer gelados depois de almoço", conta.

Tal como em Cascais, no Chiado também funciona o cartão pré-pago, que permite evitar as longas filas e ainda dá um grátis, depois de dez. Para já, as filas são só para os gelados mas em breve deverão ser também para o café e os bolos - entre eles, "o melhor bolo de chocolate do mundo", de Campo de Ourique.

O balcão da pastelaria, uma das novidades da loja do Chiado, ainda está vazio, mas será por pouco tempo. "Os bolos vão ser um complemento aos gelados, mas estes continuam a ser a vedeta", explica Eduardo Santini, neto do italiano Attilio Santini, que fundou a loja em 1949.

Para já, a gerência quer ver como corre o negócio na zona. "O primeiro dia está a correr bem, só o ar condicionado é que nos pregou uma partida", lamenta. Os clientes bem se queixam do calor, enquanto esperam. Talvez por isso, muitos optam por ir para a rua com o gelado e dispensam os sofás no interior da loja pintada de vermelho e branco.

"Ia a Cascais de propósito para comer os gelados. Agora vai ser uma desgraça", admite Carla Sousa, que trabalha no Rossio. Nem o preço (o mais barato é 2,50 euros, mais 20 cêntimos do que em Cascais) a demove. A loja aberta das 10h à meia-noite, durante todo o ano, convida a ceder à gulodice. "Mui bueno", diz um espanhol à companheira, enquanto prova a combinação de morango e abacaxi. Acertaram. "Esse é o Santini perfeito", garante Carla Sousa.

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