O escritor Neil Gaiman venceu na semana passada a Cilip Carnegie Medal 2010 pelo seu trabalho em "A Estranha Vida de Nobody Owens" ("The Graveyard Book"). O prémio é o segundo importante galardão para o livro sobre um rapaz educado por um grupo de fantasmas - o primeiro foi a prestigiada Newbery Medal, o equivalente americano da medalha Carnegie.
"A Estranha Vida de Nobody Owens" (editado em Portugal pela Editorial Presença) é ilustrado por Chris Riddell, que ainda poderá receber um Carnegie por estar na short-list do mesmo - é primeira vez em três décadas da história do prémio que uma obra concorre em duas categorias. O prémio existe desde 1936 e dedica-se a distinguir obras infanto-juvenis.
O livro esteve em primeiro lugar da tabela dos mais vendidos do "New Yok Times" e é apenas mais um de vários sucessos de Gaiman, autor de "Coraline e a Porta Secreta" e "Stardust ", ambos recentemente adaptados para cinema em Hollywood. Gaiman navega também pelos romances gráficos, sendo a sua obra maior a saga de "Sandman".
O autor britânico reside nos EUA e recebeu este prémio com um "Agora que tenho quase 50 anos, valeu a pena esperar". Isto porque enquanto criança, Neil Gaiman viu o selo distintivo de "vencedor de Medalha Carnegie" num dos livros da série "As Crónicas de Narnia". Citado pela BBC, diz: "Foi o primeiro prémio literário de que ouvi falar". E sem saber o que era, "percebeu que tinha de ser o prémio literário mais importante que alguma vez existiu", recorda.