Senado espanhol aprova proibição da burqa

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Partidos querem proibir acessórios que deixem o rosto coberto Phil Noble/Reuters

A proposta teve o apoio dos nacionalistas catalães da Convergência e União (CiU) e dos senadores da União do Povo Navarro. Contra votaram os eleitos socialistas, comunistas e os republicanos da Catalunha.

“Se deixamos ao Governo a responsabilidade de regular [o uso da burqa], não sabemos com o que contamos”, disse a senadora popular Alicia Sánchez Camacho. O texto agora aprovado apela ao Governo para “realizar as reformas legais e de regulamentos necessárias para proibir o uso em espaços ou acontecimentos públicos que não tenham uma finalidade estritamente religiosa de peças de vestuário ou acessórios que provoquem que o rosto fique completamente coberto e dificultem assim a identificação e a comunicação visual”.

Usada por muito poucas muçulmanas em Espanha, a burqa cobre todo o corpo, cabeça e rosto, deixando apenas uma rede no lugar dos olhos. Já o niqab é um tipo de véu que tapa o rosto, com um lenço mais fino colocado sobre os olhos ou deixando os olhos à mostra.

Sánchez Camacho referia-se à disparidade de declarações de membros do Executivo de Rodriguez Zapatero. O ministro da Justiça referiu que a regulamentação devia ser feita através da futura lei de liberdade religiosa, mas a vice-presidente do Governo, Maria Teresa de la Vega, admitiu ser prematura qualquer iniciativa. Por seu lado, a secretária de Estado da Imigração, Anna Terrón, considerou desnecessária qualquer regulamentação.

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