O piloto/alpinista Ângelo Felgueiras chegou ontem ao cume do Evereste, tornando-se o segundo português a pisar o ponto mais alto da Terra, depois de João Garcia, em 1999. Escalando com oxigénio e com carregadores de altitude contratados por si, Felgueiras iniciou a jornada decisiva pelas 20h45 de dia 16, saindo do campo 4, a 8000 m de altitude, rumo ao cume, que alcançou às 7h11 da manhã.

"É com emoção que vos transmito. Saí do campo 4 às 20h45 (do dia 16) e só atingi o cume 11 horas e 10 minutos depois. Levei 3 horas e 20 minutos a descer para o campo 4. Liguei para casa para dar a notícia à minha família. Estou bem mas muito cansado. Esta já está!"

O comandante da TAP, antigo presidente do Sindicato de Pilotos, partiu para o Nepal a 25 de Maio, na altura acompanhado da família. Seguiu-se uma fase de aclimatação e montagem dos campos de altitude, após a qual Ângelo Felgueiras desceu até à povoação de Periche (4240 m), onde "recarregou baterias" para o assalto final ao cume. No dia 13 de Maio, subiu ao campo 2; a 14 estava no campo 3 e no dia seguinte chegou ao campo 4. "A subida foi muito dura", escreveu então no seu diário.

A conquista do Evereste significa que Ângelo Felgueiras ficou a apenas uma montanha de conseguir um dos "troféus" do montanhismo, ainda não reclamado por qualquer português: a conquista dos Sete Cumes, os pontos mais altos de cada continente. Ao piloto/alpinista fica agora a faltar apenas o monte Vinson (4982 m), na Antárctida.