Papa chegou ao CBB para encontro com mundo da cultura nacional
Depois de cumprimentar alguns dos ilustres que participam no encontro e de se sentar numa cadeira com mais de 300 anos recuperada exclusivamente para ser utilizada nesta cerimónia, o Papa foi presenteado com um cântico do Coro da Gulbenkian, dirigido pelo maestro Jorge Matta. Na tribuna, o Papa esteve acompanhado pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e ploe bispo do Porto. D. Manuel Clemente, entre outras personalidades do país, entre elementos do clero e da cultura.
Uma sala quase lotada aplaudiu o Santo Padre, antes de ouvir a intervenção de D. Manuel Clemente. Dirigindo-se ao Santo Padre e as perto de 1500 personalidades da cultura ancional, o bispo do Porto afirmou que a intenção cultural de Bento XVI “é entendida e bem aceite por muitas personalidades das letras, das ciências e das artes, ainda além das fronteiras da confessionalidade estrita”.
O também presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações, frisou o “fértil percurso académico e literário” do Papa que serve de inspiração “para o presente e futuro”.
Na intervenções desta manhã no CCB, seguiu-se o realizador português Manoel de Oliveira. No seu discurso, intitulado “Religião e Arte”, o cineasta sublinhou que as artes estiveram “estreitamente ligadas às religiões e o cristianismo foi pródigo em expressões artísticas depois da passagem de Cristo pela terra e até aos dias de hoje”.
Ao Papa, Manoel de Oliveira apresentou-se como “homem do cinema, do cinema que é a sétima das artes, logo a mais recente de todas as expressões artísticas, pois não tem mais que um século, enquanto outras terão milénios”.
O realizador sublinhou ainda que a religião e a arte estão “intimamente voltados para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina”. Manoel de Oliveira foi depois cumprimentado pelo Papa, que inicou pouco depois a sua intervenção.
Última actualização às 10h54