Ricardo Rodrigues pede desculpa aos que não perceberam porque ficou com gravadores da Sábado
“Vendo as imagens percebo que alguns portugueses não tenham percebido. A esses peço desculpa”, afirmou Ricardo Rodrigues, em declarações esta noite na RTPN.
O deputado afirmou que as perguntas o tentaram envolver em crimes que nunca praticou e em que nunca foi acusado. “Atingiram os limites das minhas capacidades e agi em conformidade com o que fiz”, acrescentou, acentuando que não cometeu um furto porque tentou entregar os gravadores na PSP e na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, mas “estas não aceitaram por o caso ser inédito”. “Na segunda-feira entreguei no tribunal. Não cometi nenhum crime deu furto”, acrescentou.
Na passada semana, depois de o caso ter sido conhecido através da divulgação do vídeo que a “Sábado” estava a fazer durante a entrevista, Ricardo Rodrigues justificou ter "irreflectidamente" tomado posse de dois gravadores de jornalistas da revista por ter sido sujeito por estes "a violência psicológica" durante uma entrevista.
"Porque a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital, os quais hoje são documentos apensos à providência cautelar que corre termos no Tribunal Cível de Lisboa".
Em causa, afirmou, estavam perguntas relacionadas com a sua “alegada cumplicidade” com clientes que “patrocinou” enquanto advogado e que “foram condenados relativamente a factos de 1997”. E ainda “injúrias e difamações que estão a ser julgadas no Tribunal de Oeiras”, em que são réus a SIC, a SIC/Notícias e o jornalista Estevão Gago da Câmara.
Francisco Assis, líder da bancada parlamentar socialista, afirmou na altura manter toda a confiança no seu vice-presidente.