Onde fica então a inquestionável originalidade deste "Thirst"? No excesso romântico (no sentido mais profundo e complexo do termo) de um filme nunca conformado aos seus aparentes limites representativos: quando julgamos que nos encontramos na exploração da culpa e do pecado, passamos para o lado de lá, para a volúpia da mutação permanente, para a autoconsciência de uma sexualidade perturbante e incisiva. Não se deixa ao espectador um momento de descanso, um traço de conformismo: tudo recomeça sempre com a violência de um soco no estômago e com constante pressão de termos que ver o que não queremos eventualmente ver.
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