Portugal não deve ser afectado pelas cinzas do vulcão islandês
A localização do vulcão e a circulação dominante dos ventos na Europa devem afastar as cinzas do território português, explicou a cientista à agência Lusa. "A circulação está a ser para leste, atingindo o Reino Unido e o Norte da Europa, não se prevendo que venha a afectar o nosso território", disse Teresa Ferreira, alertando, no entanto, que tudo depende "da circulação atmosférica em altitude".
A quantidade de material piroclástico expelida pelo Eyjafjallajökull nesta erupção de carácter explosivo produziu uma nuvem que atinge entre seis e 11 quilómetros de altitude, segundo informação do instituto de meteorologia britânico.
"Os sismógrados mostram que a intensidade da erupção parece estar a crescer, desde esta manhã", disse à Reuters o geofísico da Universidade da IslândiaPall Einarsson. O vapor quente vindo do interior da Terra fez derreter já um terço da cobertura de gelo da cratera do vulcão e fez com que um rio próximo galgasse as margens. Explosões freuquentes no interior da cratera parece bombas, disse o cientista. Mas as cheias estão a diminuir, e algumas pessoas estão a regressar a suas casas.
Mas o mais preocupante do vulcão Eyjafjallajökull é que, das três vezes em que entrou em erupção nos últimos 1100 anos, foi sempre em prenúncio de uma erupção maior de um vulcão maior próximo, o Katla.
Por isso, quando começou a acordar pela quarta vez, em Março, ergueram-se logo vozes alertando para a possibilidade de o vizinho perigoso começar a despertar – embora o Katla não tenha dado sinais de inquietude até agora.
Esta erupção é dez vezes mais forte do que a que ocorreu no mês passado, na encosta do vulcão - embora ambas façam parte do mesmo evento.
A Islândia é um país com intensa actividade vulcânica, pois é um ponto onde a placa tectónica da América e da Europa se encontram.
Notícia actualizada às 17h42