Até depois do jogo com o Arsenal, a bola foi de Messi
Depois de um primeiro jogo, em Londres, em que escaparam a uma goleada, os gunners chegaram a Barcelona com vida e um empate (2-2) com sabor a injustiça para o futebol praticado pelo Barcelona. Mas ontem Messi fez questão de repor a justiça em falta no jogo da primeira mão.
Bendtner e o Arsenal até marcaram primeiro. Mas depois do golo do avançado dinamarquês, aos 18 minutos, o argentino respondeu passado três minutos — e só parou três golos e 67 minutos depois (marcou aos 21’, 37’, 42’ e 88’). Soma 39 golos em 45 jogos: oito são na Champions e é já o melhor marcador da prova, ultrapassando Cristiano Ronaldo (tem sete, mas o Real Madrid já está eliminado).
O mito de Messi vai crescendo a cada jogo. E é nesta condição de ídolo incontestado que o argentino vai entrar no próximo sábado no Santiago Bernabéu para o clássico com o Real Madrid, na Liga espanhola.
Há uma semana, o trabalho de Pep Guardiola ficou incompleto no Estádio Emirates. O último quarto de hora do Arsenal serviu para os ingleses marcarem dois golos, empatarem a partida e saírem a cantar God Save the Queen, depois de um monólogo de futebol durante um hora do “Barça”. O técnico catalão saiu crente e disse que não esperava ter 11 ocasiões de golo nos primeiros 15 minutos do jogo de volta em Camp Nou. Nem dispor de 22 remates à baliza de Almunia.
Mas se, em Londres, Messi andou escondido, ontem andou à solta. O Barcelona teve mais posse de bola (62-38 em percentagem) e nos oito remates à baliza marcou metade das vezes. No final, o estádio tocou o hino oficial Cant del Barça e festejou a quarta presença nas meias-finais da Champions nos últimos cinco anos. E entregou a bola a Messi.
Estava selada a passagem do Barcelona, campeão europeu, às meias-finais da Liga dos Campeões. O adversário dos “blaugrana” será o Inter de Milão treinador por José Mourinho, que foi à Rússia afastar o CSKA de Moscovo.