Deco alerta para o consumo dos aparelhos em stand-by

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Aparelhos têm gasto "invisível"

Os aparelhos electrónicos em regime de stand-by podem gastar quase tanto como quando estão em funcionamento, alerta a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

A conclusão consta de um estudo efectuado no passado ano no território nacional, onde se revela que os plasmas Full HD são dos aparelhos mais "gastadores" e se lembra que, no estado de inactividade, os aparelhos estão continuamente a consumir energia, quando podiam ser desligados através do comando.

O estudo, que inclui informações recolhidas durante um período de dois anos, ilustra que um gravador de DVD que seja utilizado diariamente durante uma hora poderá ter custos anuais de energia entre três e 15 euros.

Em stand-by, o mesmo aparelho gera desperdícios equivalentes a um valor entre dois e 14 euros. Já um descodificador de TV digital («boxes») que nunca é desligado da ficha poderá representar, ao fim de um ano, um consumo idêntico ao de uma máquina de lavar roupa usada cinco vezes por semana em programa de 40 graus Celsius.

Os aparelhos podem ter gastos "significativos" e desperdiçar 16 watts em stand-by comparativamente aos 18 watts que gastariam normalmente em funcionamento, revela Isabel Oliveira, da Deco. O "desejável" é chegar a um watt de gasto energético em stand-by, acrescenta, tal como é preconizado numa directiva comunitária sobre o assunto.

A União Europeia tem lançado outras medidas de combate ao desperdício, como a execução de um plano para evitar a venda de lâmpadas não economizadoras e incentivar a compra de electrodomésticos das classes mais eficientes (A+ e A++).

O estudo aponta um conjunto de medidas simples para evitar o desperdício energético, propondo a utilização de blocos de tomadas com interruptor que, quando desligados, garantem o corte de consumo.

Em 12 países da União Europeia, o consumo energético de aparelhos electrónicos em stand-by é responsável por 11 por cento dos gastos de electricidade. Por outro lado, o consumo dos televisores representa nove por cento da factura, enquanto o dos aparelhos de escritório é de 12 por cento.

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