A única coordenada minimamente interessante de "Amar...É Complicado" passa pela deslocação das personagens para a idade madura, uma vez que tudo o resto se dissolve em estereótipos e numa irritante previsibilidade: o serôdio triângulo amoroso da praxe apenas existe para justificar a inscrição da estrela, Meryl Streep, a fazer de si própria, longe das suas melhores prestações; a configuração "cómica" dos pretendentes fornece a Steve Martin e a Alec Baldwin a oportunidade para se excederem em tiques e maneirismos; o cenário não ultrapassa o decorativo postal ilustrado de luxo, com laivos de revista cor-de-rosa; as sucessivas peripécias resultam de uma indigência narrativa confrangedora; a banda sonora é patética. Resumindo e concluindo; uma perda de tempo e de talento, apenas justificado por uma irremediável falta de imaginação e pela necessidade de cumprir "calendário estelar".
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