Dignitas ajuda residente em Portugal a morrer
Uma pessoa residente em Portugal recorreu ao suicídio assistido na associação suíça Dignitas, o ano passado, a crer nos dados fornecidos pela instituição ao jornal britânico The Guardian. Desde 1998 a Dignitas já ajudou a morrer 1041 pessoas, a maior parte das quais eram alemãs, inglesas, francesas e suíças, indicam as estatísticas adiantadas ao jornal.
Em Fevereiro do ano passado, Ludwig Minelli, o advogado que é secretário-geral da associação, adiantava que havia nove portugueses inscritos (agora são sete), mas sublinhava que nenhum deles tinha ainda pedido auxílio para pôr termo à vida. Sublinhava, aliás, que a maior parte dos inscritos acaba por desistir da intenção inicial. Actualmente, a associação conta com 5989 associados de mais de meia centena de países.
A legislação suíça permite o suicídio assistido desde que a pessoa invoque um motivo forte e este seja validado por um médico. A eutanásia (que implica que outra pessoa administre activamente a droga mortal) não é permitida na Suíça.
Na Dignitas, os estrangeiros pagam a inscrição, uma quota anual e, caso decidam avançar com o suicídio assistido, suportam os gastos com os medicamentos (pentobarbital de sódio), a cremação e o envio dos restos mortais para o país de origem. Um processo que custa cerca de seis mil euros.