Morreu o criador de moda britânico Alexander McQueen
A morte de McQueen foi confirmada pelo gabinete de imprensa que o representa na capital francesa, a KDC, e pela sua empresa em comunicado. “Em nome da família de Lee McQueen [o seu primeiro nome, como era tratado pelos mais próximos], a Alexander McQueen anuncia hoje a notícia trágica que o fundador e designer da marca Alexander McQueen foi encontrado morto em sua casa. Neste momento, consideramos inapropriado comentar esta trágica notícia além de nos manifestarmos devastados e que partilhamos o choque e a dor da família de Lee”.
A morte de McQueen surge a pouco tempo de duas datas importantes para o criador, que se preparava para apresentar os seu mais recente trabalho nas semanas de moda de Londres e de Paris - a nova colecção da casa McQueen seria apresentada a 9 de Março, não se sabendo agora o que sucederá com o trabalho do criador.
O "New York Times" avança que o criador e artista se terá enforcado em sua casa. A hipótese de suicídio foi também avançada por alguma da imprensa britânica, mas não informações oficiais que o confirmem.
McQueen tinha perdido a mãe no passado dia 2, morte que admitiu, em desabafos aos seus amigos e admiradores em mensagens publicadas na sua conta de Twitter, estar a ser difícil de superar.
Na moda desde os 16 anosNascido em Londres em 1969 McQueen, que deixou a escola aos 16 anos, começou a trabalhar no mundo da moda ainda adolescente, dando os primeiros passos nos ateliers de Saville Row, um dos mais conceituados centros da alfaiataria britânica, na casa Anderson and Shephard, passando depois pela empresa Gieves and Hawkes.
Aos 20 anos, integrou a equipa do criador de moda Koji Tatsuno e um ano depois estava em Milão para ser assistente de Romeo Gigli. Depois de regressar a Londres, completou em 1994 o curso de design de moda na Central St Martins College, uma das mais famosas escolas de formação do sector, de onde saíram, entre outros, John Galliano ou Stella MacCartney.
Seria a colecção que criou como trabalho final de curso que o aproximaria de Isabella Blow, uma das figuras mais enigmáticas do mundo da moda. A coleccionadora e "fashionista" Blow comprou toda a colecção de McQueen, assinado uma amizade que seria reforçada até 2007, data da sua morte por suicídio, um dos episódios mais dramáticos da vida do criador britânico até à morte da mãe este ano.
Em 1996, foi convidado para a direcção artística da Givenchy, de onde partiu para dirigir em 2001 a Gucci e depois decidiu criar a sua própria marca no seio de um dos dois maiores grupos da indústria do luxo, o francês PPR, concorrente da Louis Vuitton-Moet Henessy.
Na década seguinte, McQuenn tornou-se um dos criadores de moda mais respeitados do mundo, tendo sido distinguido por quatro vezes com o prémio de designer de moda britânico do ano, bem como designer de moda internacional do ano pelo Conselho de Designers de Moda - a mais prestigiada distinção da indústria.
Notícia actualizada às 16h50