Laura Chinchilla venceu as presidenciais de domingo na Costa Rica, com 47 por cento dos votos, e tornou-se na primeira mulher eleita para liderar os destinos deste país. Candidata pelo Partido da Libertação Nacional (PLN), de centro-direita, e apoiada pelo Presidente cessante e Nobel da Paz Óscar Arias, Chinchilla prometeu continuar as políticas liberais e investir na segurança.

No discurso de vitória, a nova Presidente da Costa Rica agradeceu a escolha dos eleitores. "O povo da Costa Rica deu-me o mais precioso dos seus bens, a confiança, e não o irei atraiçoar". A derrota já tinha sido reconhecida pelos seus opositores Otto Guevara, do Movimento Libertário, de direita, que obteve 21 por cento dos votos, e Otton Solis, do Partido Acção Cidadã (PAC), de centro-esquerda, com 25 por cento.

Laura Chinchilla tinha sido vice-presidente do Governo de Arias e prometeu continuar as políticas do seu antecessor e fomentar acordos de livre comércio naquela que é uma das economias mais estáveis da América Central, que viveu 27 anos sem recessão económica, até 2009.

Com 50 anos, casada e com um filho, Chinchilla será uma Presidente liberal nos aspectos económicos mas conservadora quanto às questões sociais, tendo referido durante a campanha que se opõe ao aborto e ao casamento entre homossexuais.

Acusada por diversos opositores de ser uma "marioneta" de Arias, que venceu o Nobel da Paz em 1987 pelo seu papel de mediador nas guerras civis da América Central mas estava impedido pela Constituição de se recandidatar, Chinchilla disse por várias vezes durante a campanha que o próximo Governo será seu e não do antecessor. Formada em Ciências Políticas pela Universidade da Costa Rica e com um mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Georgetown, nos EUA, a Presidente eleita irá tomar posse a 8 de Maio.