Marques Mendes garante que não é “candidato a nada” no PSD

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Marques Mendes axha que “o PSD devia ter juizinho” Pedro Cunha (arquivo)

“Já não estou disponível para a luta de cargos ou de lugares”, afirmou Marques Mendes numa conferência em Leça do Balio, organizada pela concelhia social-democrata de Matosinhos, garantindo que não está “na vida política activa” e que não deseja “mudar de estatuto”.

Questionado diversas vezes pelos jornalistas sobre uma possível candidatura à liderança do PSD – cargo que Marques Mendes já ocupou –, o social-democrata foi peremptório: “Claro que não sou candidato a nada. A decisão é definitiva, toda a vida foi. A questão nem se coloca.”

Sublinhando que não se pretende envolver “nas questões internas do partido”, o ex-líder rejeitou tecer qualquer comentário sobre a liderança e quais os nomes que apoia.

“Não estou disponível nem para querelas internas, nem para ruído interno, nem para lutas de lugares ou de cargos”, enfatizou, acrescentando que quer “sobretudo ajudar a discutir e a debater políticas”, para que “o PSD possa ser parte da solução do país e não parte do problema”.

Soluções para o país

Na conferência, subordinada ao tema “A qualidade da nossa democracia”, Marques Mendes afirmou que “o PSD devia ter juizinho”, porque acha que “ninguém no país compreende que com tantos problemas sérios pela frente – com o país a empobrecer, a aumentar o desemprego, a reforçar as desigualdades sociais – o partido perca muito tempo com as suas questões internas”.

“Aquilo que eu gostava era de ver o PSD virado para fora e não para dentro, virado para o país, mais unido e sobretudo cada vez a ser mais alternativa”, sublinhou.

O ministro dos Assuntos Parlamentares entre 2002 e 2004 considerou que “o que é importante no actual estado da arte é discutir os problemas e as soluções para o país”.

“Acho que o país está mal, está a degradar-se, está a agravar a sua situação, mas não comungo daqueles que acham que não tem solução”, afirmou, acrescentando que Portugal “tem solução e os portugueses merecem ter esperança”.

Marques Mendes foi ainda questionado sobre se já teria lido o livro de Passos Coelho, tendo dito que ainda não o tinha feito, mas que “certamente e seguramente” o vai fazer.