PCP evoca os 50 anosda fuga do Forte de Peniche

Cinquenta anos depois da fuga de Álvaro Cunhal e outros nove presos políticos do Forte de Peniche, o PCP diz que hoje se pretende "reescrever a história" e deturpar o papel dos comunistas na luta antifascista. Num artigo de opinião publicado na edição de quarta-feira do jornal Avante!, Manuela Bernardino, membro do secretariado do PCP, afirma que actualmente se vive um tempo "de apagamento e deturpação do papel dos comunistas na resistência antifascista", a propósito dos 50 anos da fuga dos dez militantes comunistas da prisão de Peniche.

Álvaro Cunhal e outros nove camaradas seus evadiram-se do Forte de Peniche a 3 de Janeiro de 1960, com a ajuda de um guarda da GNR e depois de imobilizarem o guarda do piso com clorofórmio. No exterior, automóveis aguardavam os fugitivos, que foram levados para casas clandestinas. Foi considerada uma das fugas mais espectaculares da história do Estado Novo, principalmente por o Forte de Peniche ser uma das prisões de mais alta segurança da época. A fuga é considerada "uma extraordinária vitória" para o PCP, com repercussões "no reforço do trabalho de direcção, na sua organização e ligação às massas e no alargamento da influência política" do partido, destaca Manuela Bernardino.

Este domingo, o PCP evoca a data, em Peniche, com uma visita guiada ao forte e uma sessão com a participação de Jerónimo de Sousa. Lusa

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