Trabalhadores despedidos da Delphi já receberam indemnizações
Segundo Victor Tavares, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas (STIMM) de Aveiro, Viseu, Guarda, e Coimbra, a empresa “pagou tudo aos trabalhadores quando fez o pagamento do salário” do mês de Dezembro.
“Os trabalhadores despedidos já receberam as indemnizações e os salários. Veio tudo no mesmo recibo”, acrescentou o sindicalista. diantou que os pagamentos “foram feitos no dia 21 de Dezembro, por transferência bancária” para a conta de cada operário dispensado.
Victor Tavares referiu que, em média, os trabalhadores que quinta-feira, 31 de Dezembro, perdem o vínculo com a fábrica, receberam indemnizações de valores que oscilam “entre os 14 e os 30 mil euros”.
Disse que as indemnizações se situam entre aqueles valores “porque havia muita gente [despedida] com 10 a 12 anos de casa e outros com mais de 20 anos de serviço”.
No rol dos dispensados encontra-se um director de serviço que terá recebido uma indemnização mais elevada, cujo valor não é do conhecimento do sindicalista do STIMM.
Dois meses por cada ano de trabalhoVictor Tavares recordou que foi celebrado um protocolo entre a Delphi e os sindicatos, que permitiu o pagamento de uma indemnização de dois meses de salários por cada ano de trabalho, a cada operário dispensado.
Adiantou que os desempregados regressam no dia 4 de Janeiro à fábrica para levantarem os documentos que lhes darão direito ao subsídio de desemprego.
A unidade fabril da Guarda, instalada na Guarda-Gare, no mesmo espaço onde já funcionou uma fábrica das indústrias Renault, possui cerca de 950 trabalhadores, número que a partir de 1 de Janeiro é reduzido para 635, tendo em conta os 315 dispensados.
No primeiro trimestre do próximo ano, a empresa tenciona despedir mais 185 trabalhadores.
A administração da multinacional justifica os despedimentos com a crise mundial que atingiu o sector, que originou a “redução da actividade” fabril no segmento das cablagens.