Arquitecto holandês quer praça subterrânea na colina do castelo

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A proposta do holandês pretende ser uma solução urbanística para o acesso da Baixa ao castelo DR

Numa publicação que entregou por sua iniciativa na autarquia lisboeta, e a que a agência noticiosa Lusa teve acesso, o arquitecto de 86 anos Lieuwe Op"t Land, radicado em Portugal, defende a construção de um átrio subterrâneo ao nível da Baixa, por baixo do castelo, comunicando com este através de elevadores.

Além da construção de um grande átrio no interior da colina, encimado por uma cúpula de 20 mil metros quadrados de área, o arquitecto sugere que a rocha seja perfurada com furos verticais para aí serem montados vários elevadores, não só para visitantes e habitantes como também para o transporte de mercadorias.

Lieuwe Op"t Land propõe que este átrio seja "um local de encontro e de convívio social", com uma estação de metro, lojas e restaurantes em redor dos acessos aos elevadores. E planeou um túnel para o ligar ao Martim Moniz, com entrada pelo antigo Salão Lisboa. O projecto prevê a retirada de um milhão de metros cúbicos de terra da colina. O arquitecto, que reside na Ericeira, faz depender a viabilidade desta ideia de estudos geológicos destinados a determinar se existem condições de segurança, nomeadamente em termos de solidez da rocha, que permitam executar a obra. Mas considera esta uma solução arquitectónica exequível, graças às técnicas modernas da engenharia. Por decorrerem no subolo, estas obras não iriam trazer transtornos para os moradores nem fechar temporariamente o castelo, argumenta.

A Câmara de Lisboa confirmou ontem ter recebido a sugestão de Lieuwe Op"t Land, mas esclareceu desde logo que não a aproveitará. Quer pelos custos e pelos riscos a ela associados, quer porque está a preparar uma outra solução que passa pela colocação de escadas rolantes e elevadores dentro de dois edifícios já existentes, um prédio na Rua dos Fanqueiros e o mercado do Chão de Loureiro. A obra não ficará pronta antes do final de 2010.

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