Imprensa dinamarquesa muito crítica sobre o resultado da cimeira do clima

A Cimeira de Copenhaga constitui uma “derrota catastrófica para [os que têm boas intenções para salvar o planeta”, escreve hoje o diário conservador dinamarquês Berlingske Tidende em editorial.

“O mais entristecedor foi constatar que não havia nenhuma ideia do lado da ONU”, diz o mesmo diário, que considera também que “a mais caótica das conferências deve dar às Nações Unidas razões para um grande exame de consciência”.

Por seu lado, para o diário Politiken, de centro-esquerda, “o fiasco é global e não local” e não é culpa do primeiro-ministro dinamarquês. Mesmo assim, acha que Lars Rasmussen deve assumir parte da responsabilidade pelo fiasco, por ter feito do envolvimento dos EUA um critério dominante do sucesso da cimeira para a Dinamarca.

O maior diário dinamarquês, o Jyllands-Posten, interroga por seu lado: “Que fazer agora, mundo?”, dado que a declaração de Copenhaga “não travará o aquecimento climático do planeta”.

Para este jornal, a cimeira foi “uma depressão para a UE, apanhada na luta de poder entre os EUA e a China”, e com muitos dos seus líderes a ser pressionados, contrariados, a dizer sim a um compromisso não obrigatório entre os EUA, , China, a Índia, o Brasil e a África do Sul.

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