Câmara do Porto quer instalar um parque temático gigante na freguesia de Campanhã
O projecto baseia-se num conceito internacional, que reúne, num mesmo espaço de acesso pago, parques de diversão - ligados a diversos temas e que vão desde as montanhas-russas, para os mais velhos, aos carrosséis dedicados aos mais pequenos -, zonas de jogo (ao estilo das feiras populares), restaurantes e uma componente ambiental muito forte, com a criação de grandes áreas verdes, incluindo jardins e, possivelmente, lagos. Há também a possibilidade de o local albergar uma ou mais unidades hoteleiras, para quem quiser pernoitar no parque.
A expectativa da câmara é que esta espécie de "cidade das diversões" dentro da cidade ocupe a zona das Areias, no limite do Horto Municipal, e aproveitando a proximidade do Parque Oriental, já em fase de construção. A melhoria das acessibilidades da zona, com a construção do Itinerário Complementar 29 (IC29), nos últimos anos, e a passagem da linha de metro para Gondomar são outros aspectos que o município considera como mais-valias na captação do interesse do grupo europeu.
As negociações ainda não estão fechadas, mas na câmara há a esperança de que o início de 2010 traga boas notícias. O projecto implica um investimento global a rondar os 30 milhões de euros e deverá ser completamente desenhado pelo grupo europeu detentor do conceito. A manterem-se as condições de acesso já utilizadas noutros países, os visitantes poderão pagar apenas a entrada no recinto, pagando depois, individualmente, cada um dos divertimentos que quiser utilizar ou, em alternativa, comprar um dos diferentes passes que dão acesso a partes ou à totalidade dos espaços.
A concretizar-se, esta cidade das diversões deverá criar cinco a seis mil empregos e cativar o interesse de perto de quatro milhões de visitantes por ano.
O estudo para analisar a viabilidade da implementação de um parque temático em Campanhã já decorre há largos meses. O próprio Rui Rio, no período eleitoral, revelava numa entrevista ao PÚBLICO, conduzida por Artur Santos Silva, que estava a negociar "um equipamento brutal" para a zona oriental da cidade que, a concretizar-se, iria revolucionar todo o espaço.
Contactado pelo PÚBLICO, o presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, Fernando Amaral, confirmou ter "ouvido falar, informalmente", da instalação deste projecto na zona das Areias, mas sem grandes pormenores. "De qualquer maneira, é, certamente, um investimento bem-vindo, para uma zona tão esquecida e carenciada", disse.