Gordon Brown diz ao Labour para se preparar para eleições gerais no início da Primavera

Foto
Gordon Brown disse na semana passada aos candidatos que preparem o material de campanha para publicação no fim de Janeiro Toby Melville/Reuters

O primeiro-ministro Gordon Brown disse na semana passada aos candidatos que preparem o material de campanha para publicação no fim de Janeiro, na esperança de que ainda seja possível evitar uma derrota, conta aquele jornal.

Se bem que 6 de Maio continue a ser a data considerada mais provável para a ida às urnas, a recente recuperação do Labour em algumas das sondagens leva-os a prepararem-se para a eventualidade de anteciparem a data para 25 de Março.

Se realmente isso acontecesse, o partido de Brown evitaria o incómodo de uma declaração orçamental na qual, em vésperas de eleições, seria obrigado a revelar toda a extensão dos cortes necessários para diminuir um défice de 178.000 milhões de libras (198.000 milhões de euros).

Na semana passada os conservadores ainda estavam confortavelmente 13 pontos à frente dos trabalhistas, mas na sondagem YouGov hoje publicada pelo "Sunday Times" essa vantagem desce para nove pontos: 40 por cento para os tories, 31 por cento para o Labour e 16 por cento para os Liberais Democratas.

A diferença parece ter-se ficado a dever, pelo menos em parte, ao entusiasmo do eleitorado com o imposto de 50 por cento que Brown decidiu aplicar aos prémios auferidos pelos banqueiros mais bem pagos do Reino Unido.

"Deveríamos ter eleições, porque necessitamos de um novo Governo, um novo começo", disse hoje à Sky News o chefe da oposição conservadora, David Cameron, que manifestou a esperança de que a ida às urnas seja o mais depressa possível.

Aliás, uma sondagem publicada no "Independent on Sunday", com uma amostragem menor do que do YouGov, dá aos conservadores uma folgada vantagem de 17 pontos, a apontar para o seu eventual regresso ao poder, pela primeira vez desde 1997.

Nesse estudo, da ComRes, os tories chegariam aos 41 por cento, indo apenas 24 por cento das intenções de voto para os trabalhistas e 21 por cento para os Liberais Democratas.

Sugerir correcção
Comentar