Enfermeiros reúnem-se amanhã para discutir situação dos profissionais da emergência pré-hospitalar
“O encontro que vamos ter com os enfermeiros do INEM deriva da situação de grande indefinição que se vive actualmente nos mais diversos locais onde estão os colegas da emergência pré-hospitalar”, disse hoje à agência Lusa Pedro Frias, do SEP.
O sindicato refere que os cerca de 95 profissionais em situação de mobilidade, mais os cerca de 25 subcontratados, são os enfermeiros que asseguram a prestação de cuidados de enfermagem no pré-hospitalar e nas Unidades de Suporte Imediato de Vida, criado pelo anterior Governo quando encerrou os Serviços de Atendimento Permanente.
“Todos estes enfermeiros receberam formação e adquiriram competências que os tornam altamente diferenciados e todos eles desenvolvem funções de carácter permanente”, adianta o SEP, considerando que, “neste contexto, é inadmissível que o INEM/Ministério da Saúde continuem a não criar medidas que fixem estes profissionais num mapa próprio que o INEM há muito deveria ter criado e desenvolvido”.
Para o SEP, a situação de mobilidade em que se encontra a maioria dos enfermeiros não permite a estabilização dos profissionais e a sua rentabilidade, com a agravante da incerteza relativamente à manutenção do seu lugar no mapa das instituições de origem.
Pedro Frias adiantou à Lusa que houve uma reunião no passado dia 09 no Ministério da Saúde, em que esteve a direcção do INEM, para se discutir estas questões.
“Amanhã [sábado] os colegas dirão da sua justiça sobre aquilo que foram algumas das conclusões da reunião”, adiantou o dirigente sindical, que se escusou a revelar essas conclusões, remetendo a sua divulgação para sábado após o encontro.
O enfermeiro disse que ainda “está tudo em aberto”, mas que sábado “poderão ser marcadas formas de luta que denunciem não só esta situação, mas que tentem também colmatar os problemas que actualmente existem no Instituto Nacional de Emergência Médica”.
“Tudo depende daquilo que os colegas estarão na disposição de fazer. Até porque as conclusões da reunião com o Ministério da Saúde podem fazer com que os colegas consideram que são boas”, comentou.
“Nós achamos que, provavelmente, não estarão de acordo com aquilo que eram as expectativas dos enfermeiros, mas veremos o que os enfermeiros querem fazer”, acrescentou.