Maria João Seixas é a nova directora da Cinemateca Portuguesa

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Maria João Seixas vem preencher o lugar que foi de João Bénard da Costa, desaparecido este ano Enric Vives Rubio

A escolha de Maria João Seixas vem pôr fim ao vazio criado pelo desaparecimento de Bénard da Costa, em Maio deste ano. O anterior titular da pasta da Cultura, José António Pinto Ribeiro, não nomeou um novo director e deixou a indefinição prolongar-se durante meses, apesar da sua longa ligação à Cinemateca (durante anos, foi jurista daquela instituição).

Pedro Mexia, que ao longo do último ano assumiu a direcção interina da Cinemateca, manter-se-à como subdirector, cargo para o qual foi nomeado por Bénard da Costa, em Abril de 2008.

Nascida em Moçambique, Maria João Seixas é licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi assessora do primeiro-ministro António Guterres para os assuntos culturais, e mandatária das candidaturas de Jorge Sampaio e de Mário Soares à presidência da República, e de Manuel Maria Carrilho à presidência da Câmara de Lisboa. Entre 1974 e 1976, foi secretária e adjunta do major Vítor Alves nos cargos que este ocupou em diversos governos provisórios no período pós-revolucionário. Mais tarde, foi também assessora de Maria de Lurdes Pintassilgo quando esta presidia a Comissão da Condição Feminina.

Desde a década de 70, trabalhado periodicamente na RTP, como autora e apresentadora em programas de temática cultural. Em 2005, gravou para a televisão pública uma série de conversas com a escritora Agustina Bessa-Luís, Ela Por Ela. No cinema, tem colaborado com o realizador Fernando Lopes, com quem esteve casada - ente outros filmes, foi co-argumentista de O Delfim (2002), adaptação ao cinema da obra homónima de José Cardoso Pires, e co-autora do filme Lissabon, Wuppertal, Lisboa sobre a coreógrafa Pina Bausch. Mais recentemente, colaborou num documentário sobre a cantora lírica Luísa Todi, produzido para a RTP2 pela Midas Filmes. Na imprensa escrita, tem trabalhado sobretudo como entrevistadora - entre 1999 e 2006, fez uma série de entrevistas para a revista Pública intitulada Conversa com Vista para..., que foi depois editada em livro pela Gótica. Faz parte do painel de comentadores do programa da Antena 2 Um Certo Olhar.

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