TVI: Presidente da ERC defende que deliberação foi demasiado branda

Azeredo Lopes diz que entende, “à luz das declarações da administração da TVI, que essa decisão [de cancelar o Jornal Nacional das 6as] representou uma ingerência grave, de natureza objectiva, no andamento normal e regular da campanha eleitoral”.

O presidente da ERC sublinha que “necessariamente (pelo impacto na “agenda” política de uma tal decisão), o operador não podia deixar de antever as consequências públicas da sua decisão”.

E acrescenta que o importante não é determinar quem ganhou ou perdeu com essa decisão no campo político, mas sim que a campanha acabou por ser “contaminada pelo tempo e modo da decisão de suspensão do Jornal Nacional de Sexta”.

Azeredo Lopes diz também que quanto ao director de informação da TVI na altura da decisão da administração, João Maia Abreu, “era seu dever – nas circunstâncias concretas do caso – recusar acatar a decisão de suspensão”.

Esta opinião é partilhada por outro membro do conselho regulador, Estrela Serrano, que na sua declaração de voto critica João Maia Abreu pela decisão de se “demitir imediatamente após ter recebido a instrução [de cancelamento do programa], na véspera da emissão do Jornal Nacional”, quando tinha “o dever de não acatar” a instrução .

Estrela Serrano salienta que a demissão aconteceu sem João Maia Abreu ouvir os outros elementos da direcção ou ter informado os outros jornalistas, uma vez que “não existe conselho de redacção” na TVI, o que deixou desprotegidos os outros elementos da redacção.

Sugerir correcção
Comentar