O adeus dos Vicious Five

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Seis anos, um EP, dois álbuns e centenas de actuações depois, os Vicious Five anunciaram em carta aberta o fim da banda que rockava Lisboa como se o país a que pertence fosse o centro do mundo - e, em "Up On The Walls", o disco, ou nos concertos que punham uma geração, a deles, em frenética celebração rock'n'roll, era-o realmente.

Acabam como as bandas devem acabar, ou seja, quando as divergências internas são uma pequena ferida que não cresceu ainda o suficiente para contaminar tudo à sua volta, como se lê no comunicado enviado à imprensa: "Não queremos agora deixar que a vida decida por nós, a maneira como acabamos ou começamos as nossas histórias, nem queremos que o que construímos de bom e positivo fique manchado por não termos sabido parar quando era altura de parar".

Formados por Joaquim Albergaria, Edgar Leito, Bruno Cardoso, Rui Mata e Paulo Segadães, os Vicious Five estrearam-se com o EP "The Electric Chants Of the Disenchanted" (2004). Seguiram-se "Up On The Walls" (2005) e "Sounds Like Trouble" (2008). O EP "Lisbon Calling" (ao vivo no estúdio), lançado este ano pela Optimus Discos e disponível para download gratuito no site da recente plataforma editorial, torna-se assim o seu último registo.

O vocalista Joaquim Albergaria, também baterista dos CAVEIRA, anunciou entretanto que tem nova banda no horizonte, a revelar brevemente. Quanto ao guitarrista Bruno Cardoso, continuaremos a vê-lo enquanto Xinobi, o nome pelo qual é conhecido enquanto DJ. É certo, contudo, que teremos novidades de todos eles nos próximos tempos. Afinal, vendo-os em palco, uma coisa era certa. Aquilo não é pessoal para ficar parado. Como escreveram na despedida da despedida: "Stay horny, stay hungry, be thirsty".

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