TRAMA Festival de Artes traz ópera aquática ao Porto
O desafio é cruzar disciplinas artísticas diversas num conjunto deperformances "inspiradoras e surpreendentes", até debaixo de água. A quarta edição do TRAMA Festival de Artes Performativas chega hoje ao Porto e prolonga-se até domingo.
As piscinas do Fluvial, Serralves, o Hotel D. Henrique, a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE), o Mosteiro de São Bento da Vitória, a Fábrica Social, o Teatro do Campo Alegre e a Culturgest são alguns dos espaços que vão abraçar as "propostas radicais" do festival, organizado pela Fundação de Serralves, pela Brrr Live Art e pela Matéria Prima.
O Mosteiro de S. Bento da Vitória é hoje o palco da abertura do festival, com a performance ATOM de Robert Henke e Christoph Bauder. A actuação da dupla alemã consiste num "movimento sincronizado entre uma matriz de 64 balões de hélio", que leva "à essência da luz, do movimento e do som".
Amanhã, o TRAMA chega ao Auditório de Serralves com Spectacular, uma peça da companhia britânica Forced Entertainment que aborda, segundo a agência Lusa, a fronteira do riso, a morte e o "estranho contacto" entre dois artistas num palco. O antigo edifício da RDP, na Rua de Cândido dos Reis, vai também testemunhar a proposta do norueguês Sigmund Skard, cujas projecções de videoperformances "partem de acções muito simples, para novas atitudes e aspectos do ambiente quotidiano".
No sábado, Juliana Snapper vai cantar ópera debaixo de água, na piscina do Clube Fluvial Portuense. "O que eu faço é uma mutação da ópera, levando-a mais longe", explicou a artista norte-americana, que já levou a sua performanceao Guggenheim Museum, em Nova Iorque, e ao Armand Hammer Museum, em Los Angeles. "Estou a tentar encontrar formas de fazer o meu instrumento funcionar de maneira diferente", revelou Juliana Snapper.com Lusa