Dez por cento dos portugueses faz testes HIV/Sida

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Henrique Barros diz que Portugal é um dos países onde se fazem mais testes de HIV/Sida. Jonas Batista (arquivo)

Num debate em Lisboa promovido pelo Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de HIV/Sida (GAT), Henrique Barros defendeu que é necessário “mecanismos de observação para saber a dimensão do problema da discriminação” dos infectados com a doença.

Henrique Barros manifestou dúvidas se medidas legislativas serão a melhor maneira de combater a discriminação, afirmando que “um ambiente securista dá sempre maus resultados”.

Para o debate foram convidados deputados de todos os partidos com assento parlamentar e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, mas motivos de agenda ditaram que só o PCP e o Bloco de Esquerda enviassem representantes.

Ambos os representantes defenderam a necessidade de legislar contra a discriminação.

Por seu turno, Carlos Poiares, docente da Universidade Lusófona na área da psicologia forense da exclusão, afirmou que, “mais do que combater a exclusão, importante é promover a inclusão, o que não é a mesma coisa”.

Carlos Poiares defendeu que é necessária uma mudança “da cidadania em relação ao VIH”, afirmando que já foram dados alguns passos, como a mudança da mentalidade “só acontece aos outros”.

Acrescentou ainda que o “abalar das crenças” que conduzem à exclusão dos infectados deve começar “de forma precoce”.

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