O anúncio foi feito por Putin no início da sua visita à região, a primeira desde que, a 26 de Agosto de 2008, a Rússia reconheceu a independência das duas repúblicas separatistas da Geórgia (Ossétia do Sul e Abkházia). O reconhecimento aconteceu depois de as forças russas terem rechaçado uma ofensiva da Geórgia para tentar retomar o controlo da Ossétia do Sul, que levou os tanques russos até às portas de Tbilissi.

Dias depois do primeiro aniversário do início da guerra – marcado por nova troca de acusações entre as duas capitais – Putin não descarta a hipótese de um novo conflito: “Com a actual liderança georgiana, não podemos excluir nada”.

Nessa perspectiva, anunciou, o Exército russo “vai fazer os esforços necessários com as estruturas correspondentes da Abkházia para construir uma defesa fronteiriça moderna” e equipar as bases militares russas. Para Putin, trata-se de uma “garantia adicional para a segurança” daquela república georgiana, cuja independência só foi reconhecida por Moscovo.

Apesar de alertarem Tblissi a não voltar a tentar recuperar pela força o controlo das duas regiões separatistas, europeus e norte-americanos continuam a defender publicamente a "integridade territorial" da Geórgia.