Parque de S. Roque vai ser ampliado

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PAULO PIMENTA

Obras vão custar cerca de um milhão de euros, a que acrescem os 925 mil euros já gastos
na aquisição dos terrenos necessários. Devem ficar prontas até ao final de 2010

a O Parque de S. Roque, na freguesia de Campanhã, no Porto, vai ser requalificado e ampliado no decurso do próximo ano, concretizando uma ideia que já constava do Plano Director Municipal. Esta zona verde, actualmente pouco frequentada, vai crescer para a mancha florestal contígua, confinante com as travessas das Antas e do Monte da Costa, cujos terrenos foram adquiridos pela Câmara do Porto por 925 mil euros. Os muros vão desaparecer e serão criadas novas áreas de acesso, pretendendo a autarquia que de tudo isto resulte a criação de um corredor verde que ligue a Alameda de Eça de Queirós à Rua de S. Roque da Lameira, tal como tinha sido pensado há já alguns anos.De acordo com o plano ontem apresentado pelo vereador do Ambiente, Álvaro Castello-Branco, as obras deverão arrancar em Novembro ou Dezembro, ficando prontas até ao final de 2010, e estão orçadas em cerca de um milhão de euros. A intervenção, para além da extensão do parque à área florestal (da qual está actualmente separado por um muro de pedra), prevê o arranjo dos caminhos existentes, a abertura de novos percursos na zona de ampliação, a demolição dos muros (que serão substituídos por gradeamentos) e a criação de três novas entradas no parque, concretamente na Travessa da Antas, na Rua de João Espregueira Mendes (junto ao Bairro das Antas) e no novo arruamento que nascerá na parte nascente.
Um dos novos acessos ligará, através de uma ponte pedonal, a actual mancha verde ao Complexo Desportivo do Monte Aventino, o qual será também ampliado para os terrenos actualmente ocupados por um estaleiro dos Serviços da Via Pública da autarquia, que, entretanto, deverá ser desmantelado. Aqui, segundo Álvaro Castello-Branco, deverá ser criado num novo court de ténis.
O acesso norte ao complexo de ténis continuará a fazer-se pela Rua do Monte Aventino, uma vez que, segundo o vereador, "não parece justificar-se" a abertura de uma entrada pela Avenida de Fernão de Magalhães, que facilitasse a ligação entre o Monte Aventino e a Praça de Velasquez. "A entrada lateral é mais resguardada. A avenida tem muito trânsito de saída da cidade e a tendência seria para que começassem a parar aí carros para deixar as pessoas", explicou.

"Conteúdo temático"Castello-Branco, que considerou "importantíssimo" o impacte desta intervenção na zona oriental da cidade, onde os espaços verdes não abundam, adiantou ainda que o Parque de S. Roque terá um conteúdo temático, à imagem do que sucedeu na requalificação da Quinta do Covelo, o qual, porém, só mais tarde será apresentado.
Com a ampliação agora apresentada, a área do Parque de S. Roque passará dos 4,2 para os 5,7 hectares, estando ainda prevista a criação de uma grande praça de entrada junto ao local onde nascerá a ligação pedonal ao Complexo do Monte Aventino. Serão também criados cerca de noventa lugares de estacionamento no exterior do parque.
Uma parte da actual mancha florestal anexa ao parque, correspondente a cerca de dois terços da área, será, entretanto, urbanizada. Questionado pelo PÚBLICO, Álvaro Castello-
-Branco explicou que nascerá ali um arruamento de ligação à Travessa das Antas e um edifício de quatro pisos, "como estava previsto no Plano Director Municipal". No documento, refira-
-se, aquela zona está classificada como "área de edificação isolada com prevalência de habitação colectiva".

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