Joaquim Pinto/Vasco Pimentel
Directores de som
Juntos revolucionaram o som do cinema português. Joaquim Pinto e Vasco Pimentel são amigos desde o liceu, e continuaram a estudar juntos em Lisboa, na Escola de Cinema, na segunda metade dos anos 70. "O Joaquim e eu adorávamos cinema, íamos ver tudo à Cinemateca, irritávamo-nos com o som dos filmes portugueses, e decidimos que tínhamos de mudar isso." Para o fazer, decidiram que era melhor sair da escola e ir aprender no terreno. Pimentel foi trabalhar como assistente de som do francês Jean-Paul Mugel na rodagem de Oxalá (António-Pedro Vasconcelos, 1977-80). Pinto inscreveu-se num curso da RTP. No início da década de 80, integraram ambos as equipas do produtor Paulo Branco, em Portugal e em França. "Trabalhámos como equipa - até atirávamos moeda ao ar para ver quem saía em primeiro lugar no genérico", diz Pimentel. Mas a sobreposição dos filmes levou-os a "dessincronizarem-se". Pinto tornou-se também realizador (Uma Pedra no Bolso, 1987, Das Tripas Coração, 1992) e produtor. "Aqueles dez anos com o César Monteiro, de Recordações da Casa Amarela até A Comédia de Deus, foram muito absorventes", diz. Pimentel vai agora voltar a trabalhar com Ruiz, em Mistérios de Lisboa, a partir de Camilo. Pinto tem assinado vários trabalhos com Nuno Leonel.