Saad Hariri nomeado primeiro-ministro libanês

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A O líder da coligação vencedora das eleições no Líbano, Saad Hariri, foi ontem nomeado chefe do Governo, repetindo que tentará conseguir um executivo de unidade nacional.Hariri, o filho e herdeiro político de Rafiq Hariri, o antigo primeiro-ministro cujo assassínio em Fevereiro de 2005 ditou um novo período na história do Líbano, dividido agora entre dois campos, um anti-Síria e um pró-Síria, aceitou finalmente a chefia de Governo aos 39 anos.
Antes tinha passado essa responsabilidade, já por duas vezes, a Fouad Siniora, que há muito era próximo do seu pai, dedicando-se sobretudo ao processo do assassínio do seu pai e de outras figuras anti-Síria. Estes crimes estão entretanto a ser investigados pelas Nações Unidas.
Mas a tarefa de conseguir um Governo de unidade nacional não será fácil para Hariri: teve 86 votos de deputados a seu favor numa assembleia de 128 - da oposição formada pelos xiitas Hezbollah e Amal e pelos seus aliados cristãos, apenas os deputados do Amal o apoiaram para primeiro--ministro.
O primeiro-ministro designado tinha já feito um gesto de aproximação ao Hezbollah - logo após a eleição de 7 de Junho abandonou a questão do desarmamento da milícia xiita (pedida por uma resolução da ONU).
Mas a oposição deverá agora exigir um poder de veto para entrar num governo de unidade, algo que Hariri rejeita.
O poder de veto tinha já sido o problema que levara à saída do Hezbollah e do Amal do anterior Governo libanês e ao grande sit-in de protesto nas ruas de Beirute no final de 2006.
Saad Hariri tentou uma aproximação ao Hezbollah, mas não quer aceitar que o movimento xiita tenha o poder de veto

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