Obras no Rosa Mota vão custar 19 milhões e farão nascer três novos edifícios de apoio
Projecto da autoria de Carlos Loureiro ainda não está totalmente fechado. Obra só começa em 2010 e será comparticipada pelo QREN
a O Pavilhão Rosa Mota vai, afinal, crescer para fora da calote esférica projectada por Carlos Loureiro há 57 anos. O projecto de modernização do equipamento, traçado pelo mesmo arquitecto que concebeu o edifício modernista, prevê não só alterações profundas no interior da enorme cúpula verde, mas também a construção de quatro novos volumes no exterior: um restaurante, uma torre para descarga de gases, com 12 metros de altura, um paralelepípedo com cerca de três metros de altura, destinado a conferências, e um edifício que nascerá junto ao lago, atrás da Capela de Carlos Alberto, que albergará uma sala com 1200 lugares.Estas novidades foram ontem apresentadas e deverão ser submetidas à aprovação da Câmara do Porto na próxima reunião do executivo. O projecto terá, depois, que ser submetido à aprovação do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, uma vez que o imóvel está em vias de classificação. As obras terão início em 2010 e ficarão prontas até ao final de 2011, devendo custar cerca de 19 milhões de euros.
Acolher congressos
De acordo com o presidente da câmara, Rui Rio, o Pavilhão Rosa Mota ficará, deste modo, "adaptado aos tempos modernos", podendo acolher grandes congressos internacionais com até sete mil participantes. "Há uma procura enorme para congressos de grande envergadura e aqui teremos uma oferta que permitirá responder a essa procura e mesmo fazê-la crescer", disse o autarca, salientando que o equipamento terá a possibilidade de conciliar vários tipos de realizações, nomeadamente espectáculos musicais e eventos desportivos.
O projecto de Carlos Loureiro prevê o rebaixamento do piso do pavilhão em cerca de 3,3 metros, para o nível da Avenida das Tílias, passando esta a ser a principal porta de entrada do equipamento, com uma fachada envidraçada. "Vamos procurar manter a traça original, tanto quanto possível", antecipou o arquitecto, segundo o qual a intervenção permitirá eliminar alguns edifícios avulsos que foram surgindo à margem da principal alameda dos Jardins do Palácio de Cristal.
Ainda no interior da cúpula, vão nascer um foyer comum a todo o complexo, zonas sanitárias e bares, bem como percursos que permitam o funcionamento autónomo dos vários compartimentos e a rápida evacuação dos espaços em caso de necessidade. O anel superior do pavilhão vai ficar livre das bancadas instaladas durante a renovação levada a cabo no início da década de 90, sendo os novos lugares conquistados na parte inferior, graças ao rebaixamento do piso e à instalação de bancadas retrácteis. No total, o pavilhão passará a poder acolher entre quatro mil e 6723 pessoas, conforme a solução que melhor se adeqúe ao evento em causa.
No exterior, os novos edifícios somam uma área total de 2770 m2, estando previsto que o novo restaurante seja servido por uma cozinha que ficará instalada sob a grande rampa de acesso entre a Avenida das Tílias e o patamar superior do parque.
O cágado de carapaça estriada está classificado em Portugal como espécie em perigo de extinção