"Carlos Azenha seria e é o treinador que escolhi para dirigir o futebol do Benfica no dia a seguir a ser eleito. Esta assinatura [pelo Vitória de Setúbal] é algo que estava previsto, pois existe uma cláusula que permite a Carlos Azenha vir para o Benfica. O Vitória de Setúbal sabe disso", esclareceu à Agência Lusa Bruno Carvalho.

O candidato aconselhou mesmo o actual presidente "encarnado", Luís Filipe Vieira, a celebrar um "contrato curto" com o técnico que vir a escolher para a próxima temporada desportiva, a não ser que o eleito seja Carlos Azenha.

"Quando for eleito, levo o Carlos Azenha três anos para o Benfica. Será um treinador de mandato. Aviso já se for outro o treinador escolhido, em Outubro vai sair, a não ser que Luís Filipe Vieira escolha Carlos Azenha", alertou.

Bruno Carvalho lembrou ainda que o actual presidente do Benfica "não cumpre contratos", dando o exemplo do espanhol Quique Flores: "Tinha um contrato por dois anos e passados alguns meses já lhe estavam a tirar o tapete".
O candidato às eleições do Benfica, considerou ainda que o cenário de antecipar o sufrágio, discutido ontem pelos órgãos sociais "encarnados", mostra que o clube da Luz "anda à deriva" e é "um completo caos". "Há mais de um mês pedi eleições antecipadas, para permitir que decorressem nesta altura, para se poder preparar a próxima época. Agora, cheira a golpe palaciano. Isto mostra que o Benfica anda à deriva e que o clube é um completo caos", acusou Bruno Carvalho.

O candidato reforçou que um cenário de eleições em Julho "não serve rigorosamente para nada" e que os actuais dirigentes do clube lembraram-se disso "tarde demais". "Só lamento que nunca ninguém se tenha dignado a responder à minha proposta de eleições antecipadas em tempo útil, para se poder preparar devidamente a próxima época", recordou.