CDS-PP diz que Dias Loureiro "fez o que já devia ter feito" e volta a exigir demissão de Vítor Constâncio

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O deputado popular Pedro Mota Soares diz que também “o governador do Banco de Portugal devia assumir a sua responsabilidade e sair” Daniel Rocha

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado democrata-cristão Pedro Mota Soares foi taxativo quanto à alegada renúncia do conselheiro de Estado: “O doutor Dias Loureiro fez finalmente aquilo que já devia ter feito e que o CDS já tinha pedido”.

“Dias Loureiro saiu assumindo as suas responsabilidades, mas há outras pessoas que ainda não assumiram as suas, já é bastante evidente para toda a gente que o Banco de Portugal e o seu governador falharam redondamente neste processo e por isso mesmo esta comissão parlamentar ainda não acabou os seus trabalhos”, declarou Pedro Mota Soares.

Questionado pelos jornalistas sobre se exigia a demissão de Vítor Constâncio, Mota Soares afirmou que “é claro para todos que Banco de Portugal falhou” e que como tal “o governador do Banco de Portugal devia assumir a sua responsabilidade e sair”.

“O que aconteceu no BPN já podia ter tido uma intervenção do Banco de Portugal e ela não existiu e isto está a custar muito caro ao contribuinte, por isso mesmo todas as pessoas que estiveram directa ou indirectamente com responsabilidades vão ter de as assumir até ao fim”, acrescentou

O deputado do CDS-PP sublinhou também o papel do seu partido e de Nuno Melo na criação da comissão de inquérito ao caso BPN. “Dias Loureiro não sai do Conselho de Estado por nada, sai porque há hoje a funcionar no Parlamento uma comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN que foi exigida e proposta pelo CDS, onde finalmente se está a fazer o apuramento da verdade e onde se tem destacado, e eu penso que isso é unânime, o doutor Nuno Melo”, afirmou Mota Soares.