Gripe sazonal matou mais 1916 pessoas do que seria normal neste Inverno

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As mais mulheres foram mais afectadas do que homens Pedro Cunha (arquivo)

O especialista aludiu aos números para acentuar o impacto da gripe, mesmo a normal, na mortalidade. No início de Abril, as estimativas preliminares do Insa, então divulgadas pelo PÚBLICO, apontavam para um excesso de mortalidade que oscilava entre os 1200 e 1500 casos neste Inverno. O número já era expectável e até ficava abaixo do que seria de prever, tendo em conta a intensidade da epidemia de gripe sazonal que atingiu Portugal nas quatro últimas semanas de 2008 e primeiras seis deste ano e que provocou uma situação caótica nalguns serviços de urgência.

Este Inverno, como é costume acontecer, os principais afectados foram os mais idosos: 82 por cento dos mortos eram pessoas com 75 ou mais anos, sendo que foram afectadas mais mulheres do que homens, refere o mesmo artigo publicado no Eurosurveillance.

A gripe é sempre uma doença que mata, mas as principais vítimas são os idosos e alguns doentes crónicos (com diabetes graves, insuficiências cardíacas, hepáticas e renais graves, etc.) que descompensam ou não resistem às complicações decorrentes da doença, como as pneumonias.

Um responsáveis da Direcção-Geral da Saúde esclareceu, na altura em que os dados preliminares do Insa foram divulgados, que o excesso de mortalidade não deve apenas ser atribuído à gripe mas também ao frio e a outras doenças infecciosas respiratórias. E recordou que houve Invernos em que morreram muito mais pessoas por este motivo. O Plano de Contingência do Sector da Saúde para a Pandemia de Gripe refere que, em Portugal, as estimativas apontam para um número médio de 1773 óbitos, por época gripal, no período de 1990 a 1998. Mas em 2003 a mortalidade anual por gripe e por causas que podem estar associadas a complicações de gripe atingiu 3822 pessoas.

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