Ir ver um novo filme do alemão Tom Tykwer, realizador do mau "Corre Lola Corre" e do péssimo "O Perfume", faz tremer de susto qualquer espectador timorato: de semelhantes credenciais só se espera o pior. Talvez por isso, "A Organização", que não inventa coisíssima nenhuma, resulta visível, amarrado como está a um cerrado programa de fazer reverter variações sobre "teorias da conspiração", para falar do capitalismo selvagem e seus malefícios. Não se pense, no entanto, que escapamos aos mais óbvios clichés narrativos ou a uma direcção de actores certinha, mas sem rasgos de maior. Claro que há a "famosa" sequência do Museu Guggenheim (para que não nos acusem de comparações descabidas, não falamos de Hitchcock, nem de "Intriga Internacional"), só que a montanha acabou por parir um rato: o relativo virtuosismo conseguido não possui qualquer função no resto do filme, morno, bem-comportado, mas inócuo.
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