Pedido de adopção de Madonna rejeitado por tribunal do Malawi
“Tenho de rejeitar o pedido de Madonna”, declarou a juíza Esmie Chondo, no tribunal de Lilongwe no Malawi. Esta decisão impede assim que Chifundo James, de quatro anos, se torne filha de Madonna.
“Seria tentador abandonar todas as precauções e autorizar a adopção, com a esperança de mudar a vida de uma criança (...) Contudo, devemos ter em mente que as adopções internacionais não podem ser, nem são, a única solução”, acrescentou a juíza, citada pela AFP, numa audiência em que Madonna não estava presente.
A juíza salientou também o risco de se estar a favorecer o tráfego de crianças caso a justiça abrisse a porta a adopções internacionais sem respeito aos procedimentos.
Esta parece ser também a opinião de várias associações de direitos humanos que, tanto em 2006 como agora, se manifestaram contra os facilitismos dados à cantora.
As leis do Malawi referentes à adopção de menores dizem que os estrangeiros devem permanecer 18 meses no país, o que, segundo a juíza Chondo, deve permanecer inalterado.
No entanto, já existiu uma excepção à norma, e foi Madonna quem a protagonizou. Na sua primeira visita ao Malawi, em 2006, a cantora conseguiu a guarda de David Banda, um órfão que estava no mesmo orfanato onde agora está Chifundo.
Paralelamente à primeira adopção, Madonna criou a fundação humanitária Raising Malawi, para ajudar as crianças daquele país, fortemente afectado pela sida.
Segundo a Reuters, o próprio Governo do Malawi apoiou a cantora. “Madonna foi boa para nós, apoiou 25 mil órfãos neste país e provou que consegue tomar conta de David”, refere Patrcia Kaliati, ministra da Informação do Malawi, dizendo que “são muito poucos os ricos e famosos que voam este caminho todo até ao Malawi para ajudar crianças”.
A celebridade americana, de 50 anos, vê-se assim impedida de dar mais esta irmã a David Banda e aos seus dois filhos biológicos, Rocco e Lourdes.