Jesualdo Ferreira: "Temos uma coisa que os rivais não têm: objectivos"
"Temos uma coisa que os outros não têm, objectivos. Temos três (Liga, Taça de Portugal e Liga dos Campeões). Ter objectivos na vida faz as pessoas correrem muito, juntarem-se muito, unirem-se muito", afirmou.
O técnico referiu que o FC Porto terá de fazer entre 13 e 17 jogos nos próximos dois meses e meio, mas sublinhou que esse facto não o preocupa, apesar de obrigar os jogadores a um "esforço suplementar" e a uma "grande capacidade de sofrimento e trabalho".
"Preferimos que seja assim do que jogar só uma vez por semana", frisou.
Jesualdo Ferreira fez mesmo um paralelo com a época passada, em que o FC Porto conquistou o título de campeão nacional a seis jornadas do fim: "pagámos isso no final da temporada (derrota com o Sporting na final da Taça de Portugal, por 2-0). Vamos ter níveis de motivação e concentração diferentes do ano passado e acreditamos que seremos capazes de fazer melhor".
Relativamente ao encontro com a Naval, a última equipa a vencer o FC Porto na Liga (1-0, na primeira volta, a 1 de Novembro), Jesualdo Ferreira espera uma partida "tão ou mais difícil" do o nulo com o Atlético de Madrid, na quarta-feira, que valeu aos "dragões" o apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.
"Nesse jogo tínhamos empatado fora e podíamos empatar em casa. Com a Naval, perdemos na primeira volta e temos de ganhar", assinalou.
O técnico considerou "pouca justa" a derrota dos figueirenses com o Benfica (2-1), na pretérita jornada, e espera uma equipa com "um jogo mais aberto do que outras" formações que se apresentam no Estádio do Dragão.
Jesualdo Ferreira admitiu ainda que Andrés Madrid deverá ser o substituto do castigado Fernando no meio-campo, aceitando que os cartões amarelos vistos pelo médio e pelo compatriota Hulk na jornada anterior fizeram parte de uma "gestão" da capacidade física.
Relativamente às dificuldades que o FC Porto tem sofrido em casa (onde já perdeu 11 pontos nesta edição da Liga), Jesualdo Ferreira considerou que o problema está na "eficácia".
"É preciso ter paciência do ponto de vista emocional e mental para a equipa perceber que respostas tem de dar em determinados momentos do jogos. Não as tem tido por estar emocionada, pouco estável, nervosa e ansiosa", aclarou.
O treinador, que falou durante uns pouco usuais 30 minutos, com boa disposição, adiantou ainda que a equipa se sente mais confortável por estar na frente da Liga e analisou o perfil dos rivais Benfica e Sporting.
"Nós temos os pontos que merecemos, mas temos feito um mau campeonato em casa. O Benfica não fez fora o campeonato que tem em casa. O Sporting tem tido outro tipo de problemas que não lhe têm conferido estabilidade que quereria", comentou.
FC Porto e Naval 1º de Maio (no 11º lugar, com 23 pontos) defrontam-se no domingo, pelas 20:15, no Estádio do Dragão, em encontro da 22ª jornada da Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado pelo bracarense Cosme Machado.