Presidente sudanês manda TPI "comer" mandado de captura
Perante milhares de pessoas que queimaram uma efígie do procurador principal do TPI, Luis-Moreno-Ocampo, o Chefe de Estado sudanês, que tem um processo em curso devido a 35.000 mortes violentas entre as populações do Darfur teve palavras provocatórias para com a instância que está a apreciar o seu caso.
Foi ao inaugurar a central hidroelétrica de Merowe, no Norte do país, que Bashir fez aumentar a tensão nas horas que antecedem a tomada de decisão pelo TPI. Ele poderá ser o primeiro Presidente em funções a ser alvo de um mandado de captura e teme-se que, se tal acontecer, se vingue nos estrangeiros residentes no Sudão e nos grupos oposicionistas.
O jornal britânico "The Guardian" dá hoje conta de que as embaixadas ocidentais, as agências humanitárias e as Nações Unidas, que têm mais de 26.000 capacetes azuis em território sudanês, designadamente no Sul, fizeram planos de contingência para o caso de se verificarem actos de violência ou de haver ordens de expulsão.
O Sudão não reconhece o TPI e afirma que nunca entreguerá Al-Bashir para que ele venha a ser julgado nos Países Baixos.