Alvaro Uribe ordena o resgate pela força dos reféns das FARC

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O Presidente colombiano visitou Sigifredo López, o último refém libertado Miguel Solano/Reuters

A ordem é para cumprir já: “Quero dizer aos colombianos que a partir de hoje, com o exército e a polícia, vamos intensificar a pressão sobre os terroristas e sequestradores das FARC, até que libertem os nossos soldados e polícias”, declarou o líder colombiano num encontro com jornalistas em Medellín, a terceira cidade do país.

Na véspera, Uribe tinha rejeitado a oferta de diálogo que os rebeldes fizeram há uma semana através de uma carta que entregaram, com os últimos dos seis reféns que tinham prometido libertar, à senadora de oposição e mediadora Piedad Córdoba. No texto, os guerrilheiros propunham a troca dos 22 cativos ditos “políticos” que mantêm em seu poder contra 500 companheiros detidos em várias prisões. Mas diziam também que a partir de agora negociariam os restantes.

Vários analistas aconselharam cautela quando a proposta foi tornada pública, por ela continuar implicitamente a pedir a libertação também de dois antigos chefes, “Simon Trinidad” e “Sónia”, extraditados para os Estados Unidos, julgados e condenados por tráfico de droga, e por isso dificilmente restituíveis, e por o Presidente recear dar parte fraca na sua política de firmeza quando parece ter no espírito a continuação no poder.

O líder colombiano defendeu sempre, enquanto candidato e depois como Presidente, em 2002, a força como solução para o caso dos reféns, contra o desejo de muitos dos familiares dos cativos, um deles Yolanda Pulécio, a mãe de Ingrid Betancourt, resgatada em Julho, que receiam a morte dos seus. E igualmente contra a ideia da organização Colombianos para a Paz, de Córdoba, e de vários países, incluindo a França.

Um dos reféns que as FARC entregaram agora, Alan Jara, foi aliás muito crítico da estratégia do Presidente, que acusou de ter posto em perigo a vida dos sequestrados prosseguindo as operações de guerra enquanto falava de paz. A interrupção das hostilidades foi aliás um problema comum a todas as entregas. Outro dos libertados, Sigifredo López, fez apontamentos semelhantes.

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