Mike Leigh não se entende com oregisto "cómico", o que faz deste"Um Dia de Cada Vez",provavelmente, o seu filme menosinteressante. Não que nãoreconheçamos a sua notávelcapacidade para captar momentosseleccionados de um quotidiano semhistória, uma espécie de realismominimal, centrado em personagenscomplexas e relativamente bemdefinidas. No entanto, tudo se perdeno tom "pateta" da protagonista, nafacilidade psicanalizante com queanalisa a figura do instrutor decondução, na ligeireza com queaborda as contradições da pequenaburguesia dos bairros desfavorecidosdo Norte de Londres.
Leigh conhecebem o território que delimita, mascompraz-se numa pormenorizaçãoirritante que nada acrescenta à suaobra anterior.