O problema do cinema dos irmãos Dardenne permanece o mesmo: não há Palma de Ouro que resgate a apagada e vil tristeza de filmes como "Rosetta", sobrevalorizado exercício de pós-neorealismo, ou "A Criança", mais um exemplo de manipulação pura e dura. Neste "O Silêncio de Lorna" (nem melhor nem pior do que os anteriores, apenas mais da mesma receita requentada) aparece como mais evidente a mistificação, com os cordelinhos à mostra, a fingir de realista, sem assumir o melodrama que melhor poderia servir as intenções da ficção. Em resumo, "os reis vãos nus", como sempre foram. Onde está a surpresa?
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