Uma virtude: Sandra Barata Belo, aprotagonista, faz-se ao papel comgarra e convicção, e chega a umaAmália (pouco importa se é "aAmália") que não só não é muitoóbvia como é por vezes capaz de"dominar" quer os planos em queentra quer os actores com quecontracena.
Um equívoco: "Amália,o Filme" aspira a uma certaelegância, certamente longe dosgolpes baixos (como os do anteriorfilme de Carlos Coelho da Silva, ofamigerado "Crime do PadreAmaro"), mas é uma elegância comvistas curtas, que não vê muito paraalém de um modelo de "teleficçãode luxo" ou de teatro musicalpopular com delírios demegalomania ostensiva (aquelesmovimentos de grua: dir-se-ia FilipeLa Féria possuído pelo espírito deOrson Welles).
Um defeito: o factode "Amália, o Filme", ser demasiadoevidentemente "Amália, a VersãoCurta da Série", viver de umamontagem que acelera tudo, deixarcenas pela metade, impedir quealguma das personagens secundáriaschegue a existir, tornar mesmodifíceis de perceber algumas partesda história (e bem sabemos como"uma história bem contada" é omáximo desiderato de um filmecomo este, mas isso não significaexactamente "uma história contadaà pressa).