É finlandês o novo director do serviço de música da Fundação Calouste Gulbenkian
Risto Nieminen, responsável pelo Festival de Helsínquia, entra em funções em 2009. O actual director assegurará ainda a programação das duas próximas temporadas
a O finlandês Risto Nieminen, director do maior evento de artes da Finlândia, o Festival de Helsínquia, será a partir do próximo ano o novo director do serviço de música da Fundação Calouste Gulbenkian. Ainda não existe confirmação oficial, mas o PÚBLICO apurou que o novo director deverá entrar em funções no segundo trimestre do próximo ano, estando a programação das próximas duas temporadas ainda a cargo de Luís Pereira Leal. Risto Nieminen foi produtor de música contemporânea para a rádio finlandesa, manager da Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa, director artístico do instituto europeu IRCAM (Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique) e tem sido, desde 1997, o director do Festival de Helsínquia.
Um evento que nasceu em 1968, direccionado para a música clássica e que, progressivamente, se foi abrindo a outros géneros musicais (do jazz ao rock), bem como às artes plásticas, artes performativas ou cinema. O evento, que se realiza nas duas últimas semanas de Agosto, é o acontecimento das artes mais popular da Finlândia, tendo atraído este ano 259 mil visitantes. O lema do evento é tornar a arte acessível a todos e a última edição teve um orçamento de quatro milhões de euros.
A saída do serviço de música da Gulbenkian de Luís Pereira Leal, de 71 anos, no cargo desde 1978, foi anunciada em Maio, tendo a administração da fundação presidida por Rui Vilar aberto um concurso internacional para o lugar. Para isso, contratou a empresa Egon Zehnder, que colocou anúncios em Portugal e no estrangeiro.
Ter entre 30 e 50 anos e capacidade para conceber e organizar uma temporada anual de características internacionais para desenvolver e projectar a orquestra no exterior eram alguns dos requisitos exigidos no concurso. A continuidade da projecção externa da orquestra, a atracção das camadas mais novas e a renovação geral dos públicos constituem alguns dos desafios do novo director.