Organizadores dizem que quatro quintos dos docentes estiveram na rua
PSP não quis adiantar número de manifestantes, dada a "dimensão" da marcha
Ao contrário do que é habitual, a PSP não avançou uma estimativa sobre o número de manifestantes que se concentraram ontem em Lisboa a exigir a suspensão da avaliação de desempenho dos professores. Questionado pelos jornalistas, Calvo André, responsável pelo policiamento da marcha, escusou-se a avançar com qualquer número, dando duas explicações. "É impossível calcular, dada a dimensão da manifestação", começou por dizer. Mas acrescentou: "Tenho indicações para não adiantar números". Questionado sobre o autor dessa indicações, acabou por afirmar que tinha sido o próprio a decidi-lo. Calvo André não quis igualmente fazer qualquer comparação com o protesto de professores de 8 Março. Nesse dia, a polícia calculou em 100 mil o número de manifestantes. À falta de dados oficiais, os dirigentes sindicais foram avançando com os seus números. Garantiram que a adesão de ontem foi superior à registada há oito meses e calcularam em pelo menos 120 mil os que se concentraram ontem entre o Terreiro do Paço e o Marquês de Pombal. A confirmar-se, foi a maior manifestação de sempre de professores, com mais de 80 por cento da classe profissional a sair à rua. I.L.