Entre os Dedos

Tudo aparece simples e rarefeito, numa solidão narrativa que confunde, mas que também comove. Esta realidade sem saída ou perspectivas confere aos mecanismos da ficção uma desesperada surdina, como se as personagens não respirassem, nem vivessem, de facto, os seus pesadelos de sobrevivência. De tanto querer ser realista, acaba por tornar-se abstracto.

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