a O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitiu, em entrevista à Antena 1, que a TramCroNe (TCN) queria transformar o Mercado do Bolhão num shopping. Na mesma conversa onde afirma que "o mais normal" será recandidatar-se à presidência da autarquia. Rio explica também a não divulgação dos salários de Poças Martins e Manuel Teixeira com o facto de querer confrontar directamente o vereador da CDU Rui Sá.Questionado sobre se entende o processo do Bolhão como uma derrota pessoal, Rio afirma: "Não é bem uma derrota." O autarca continua a defender a intervenção de fundos privados na reabilitação do mercado, mas diz já ter percebido que as empresas privadas "não têm interesse num negócio deste género". Depois da câmara ter anulado a adjudicação da reabilitação do mercado à TCN, Rio vem agora dizer que, afinal, a empresa queria mesmo fazer lá um shopping. "Este concorrente apresentou um pré-projecto e disse que se não aceitassem aquele fariam tantos quantos necessários. Só que verifico que a TCN não queria nada adaptar-se à reabilitação do Bolhão e queria transformar o Bolhão num shopping. Eu isso disse sempre que não", disse Rui Rio.
Em relação à polémica dos salários de Manuel Teixeira (chefe de gabinete de Rio), Poças Martins (presidente da comissão de reestruturação da Águas do Porto) e Raquel Castello-Branco (irmã do vice-presidente da autarquia com um cargo de gestão no Teatro Rivoli, pelo qual recebe 3790 euros, mais IVA), acusados pelo PCP de auferir "salários principescos", Rio afirmou que não divulgou ainda o valor real dos salários dos dois primeiros porque deseja "confrontar" directamente o vereador do partido que levantou a questão.
O PÚBLICO solicitou à câmara o valor do salário de Poças Martins e Manuel Teixeira, mas, em resposta escrita , o gabinete de comunicação da autarquia garantiu que "essas questões serão esclarecidas em reunião do executivo".
O presidente da Câmara do Porto não revelou valor dos salários em causa porque quer confrontar, directamente, Rui Sá