Primeira enoteca interactiva da Peninsula Ibérica no Douro

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Hoje inicia-se a época de vindimas Paulo Ricca (arquivo)

"Através do estímulo dos sentidos, pretendemos dar a conhecer a quem nos visita o modo de vida das nossas gentes", afirmou Luís Barros. O proprietário da enoteca aproveitou um armazém secular de construção tradicional duriense, instalado na Quinta da Avessada, em Favaios e requalificou e transformou-o na “Enoteca Douro”, que será inaugurada brevemente.

O investimento rondou 1,5 milhões de euros, com co-financiamento do programa comunitário Leader. Foi criado naquele espaço "um percurso lúdico, dinâmico e interactivo, de modo a retratar de uma forma única, a história, modo de vida, usos e costumes do Douro”.

Na enoteca vão ser apresentadas, "de forma muito viva" representações etnográficas referentes aos processos vitivinícolas, e memórias fotográficas que ilustram as diferentes épocas relacionadas com o vinho e vinhas durienses.

A "viagem" recorre a robôs e manequins, que simulam, por exemplo, a pisa tradicional das uvas, a par de informação em plasmas e "touch-screens" sobre todos os vinhos expostos na enoteca, em interactividade com o enólogo responsável pelo seu fabrico.

O percurso começa pelos vinhedos e espaços exteriores, com explicação das diferentes castas do Douro e dos trabalhos agrícolas ao ar livre, segue-se a sala dos lagares, onde o cheiro a mosto se mistura com os cantares típicos e a projecção de filmes. Finalmente, visita-se a sala de envelhecimento e provas documentadas com acesso a bases de dados dos produtores e os vinhos onde se segue a degustação de uma criteriosa selecção dos néctares produzidos.

A enoteca ainda não foi oficialmente inaugurada, mas já foi visitada por centenas de pessoas. Hoje inicia-se a época de vindimas com a tradicional lagarada e jantar típico duriense. Os visitantes irão participar no corte das uvas e na própria lagarada, sempre ao som da concertina.