Indústria e construção continuavam a penalizar ambiente económico em Agosto

A quebra do clima e da actividade económicas traduzem o pessimismo dos empresários que perdura há três meses. O indicador de clima económico atingiu em Agosto o valor mais baixo desde Maio de 2006, recuando até aos 0,2 pontos. Três meses antes, em Maio, chegou a valer 1,2 pontos.

À velocidade a que hoje os acontecimentos ocorrem, em Agosto os preços do petróleo davam sinais de abrandamento, mas os seus efeitos sobre a actividade das empresas e a confiança dos agentes eram ainda nulos. Porventura, apenas neste mês de Setembro será possível avaliar o impacto, nesses agentes económicos, da queda do preço do petróleo, que ontem chegou a valer 89 dólares (62,6 euros) o barril em Londres e que parece estar a contribuir para fazer cair a taxa de inflação.

Portugal é o segundo Estado-membro da Zona Euro com a taxa mais baixa (3,1 por cento), a seguir aos três por cento da Holanda, demonstraram ontem os dados do departamento de estatística da Comissão Europeia, o Eurostat.

Em Agosto, vivia-se ainda um período de forte apreciação do euro contra o dólar, razão pela qual as exportações saíram penalizadas e as importações também tiveram uma quebra.

Um mês depois, já esse fenómeno cambial está atenuado e a meio deste mês de Setembro assiste-se ao movimento contrário, à apreciação do dólar contra o euro. Esta reviravolta da relação entre preços das moedas tem servido de argumento às petrolíferas que operam em Portugal para não repercutirem, ao mesmo ritmo, a baixa do preço do petróleo no preço dos combustíveis vendidos ao público.

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