Avepark é inaugurado amanhã em Guimarães com incubadora de empresas da universidade
Spinpark alberga
oito novas empresas saídas
da Universidade do Minho, um dos sócios do Avepark
a A incubadora de empresas Spinpark, da Universidade do Minho, instalada no Avepark, em Guimarães, arranca sábado com oito empresas da área da investigação científica e dos serviços. Segundo o gestor do Spinpark, Avelino Pinto, as empresas que se instalaram na incubadora tecnológica, maioritariamente dinamizadas por ex-alunos e docentes da Universidade do Minho (UM), actuam nas áreas dos novos materiais para a construção, ambiente, biotecnologia, multimédia, saúde e desenvolvimento de software. Instalado na Vila de Caldas das Taipas, o Avepark é inaugurado oficialmente amanhã, em acto para que foi convidado o primeiro-ministro, José Sócrates. A Spinpark, criada pela associação com o mesmo nome saída da empresa da UM SpinValor, SA, será uma das peças-chave deste parque de ciência e tecnologia que está projectado para acolher, no prazo de dez anos, 200 unidades tecnológicas.
Avelino Pinto adiantou que a empresa se assume "como o grande motor de desenvolvimento de empresas intensivas em conhecimento" na região. O edifício da incubadora - adiantou o responsável - custou três milhões de euros e foi concebido de modo a poder crescer, no futuro, com a junção de novos módulos, caso tal se justifique.
A instalação das 200 empresas no Avepark, a concluir num prazo de dez a 15 anos, permitirá a criação de quatro mil empregos qualificados, entre cientistas e investigadores, que assim se fixarão na região do Minho. O parque, que tem como suporte natural a Universidade do Minho, está instalado em 80 hectares de terrenos em pleno Vale do Ave.
Avelino Pinto acrescentou que a incubadora acolhe as empresas durante três anos, período em que beneficiam de apoio logístico e de serviços, de forma a potenciar o seu êxito. Os projectos aceites são antecedidos de um período de análise e preparação - em termos de gestão e viabilidade - sendo apoiados por um fundo de capital de risco, em que entram entidades portuguesas e uma da Galiza. Beneficiam ainda de uma rede de infra-estruturas básicas, com destaque para a de fibra óptica, ligada quer ao Campus de Guimarães da UM, quer à rede de computação científica nacional.
"A médio prazo, o trabalho da incubadora será benéfico para o próprio Parque de Ciência, na medida em que facilita a fixação permanente de novas empresas de base tecnológica", sublinhou o responsável. O mesmo sucede, acrescenta, na criação de sinergias com a própria investigação aplicada da Universidade do Minho, já que possibilita a manutenção de fluxos de conhecimento nos dois sentidos. "Pretende-se criar um meio favorável à incubação, reduzindo o risco e criando condições para a sobrevivência dos projectos", frisou. Lusa